Verão em Arembepe, lotação mais que completa, os astros dos gibis e dos desenhos animados de infância foram também convidados. A quantidade de gente seduzida pela épica fuga do Superman e da Mulher Maravilha tem dado a tônica. Quero, aqui, escapar das sedutoras opiniões contra o Pagode soteropolitano, principalmente, quando alguns querem, necessariamente, apresentar-se como intelectuais, daqueles de obras completas, estantes cheias e muita ruga, sem falar do mau humor.
Conversas distraídas e sem propósitos com meus primos, tios, avó, irmã, cunhado trouxeram-me uma adolescência e uma infância de que não me lembrava mais. Daquelas em que bolos e festas de aniversários eram de He Man, She-Ha, Super-homem, campos de futebol com gramas de coco tingido de verde, bailarinas e bolos recortados no formato das letras do nome do aniversariante. Que gostoso! Aprendi depois que isso tudo era muito brega. Escondi essa memória durante muito tempo porque me diziam que eu precisa consumir uma estética de sofisticação de que não precisava.
Com o épico Liga da Justiça, recuperamos, todos nós aqui juntos, um tempo delicioso. Se isso veio por uma música de pagode, ótimo. Afinal, não conheço nada mais episódico e contemporâneo na cena musical baiana. Ver cada um dos meus primos improvisando com fantasias de super-heróis, encenando heróis, vilões, foi mais emblemático do que dançar Pokerface à Lady "Ga-gá".
Feliz 2011 para todos. Ah! Na foto, uma brincadeira, onde estou eu?
Direto da Sala da Justiça, Ari Sacramento, correspondente da Liga Sacramento... Foge, foge... hehehe
